De 3 a 7 de outubro, Watatakalu Yawalapiti, cacique e representante das mulheres indÃgenas do Xingu, viajou para os Estados Unidos para falar em vários eventos de conscientização sobre a preservação cultural e ambiental dos territórios ancestrais indÃgenas na Amazônia.
Quarta-feira, 4 de outubro: apresentação no Unreal Fest em Nova Orleans para promover o projeto FORTNITE
O Watatakalu foi convidado a apresentar o projeto Fortnite Experience do AFV no Xingu com nossos parceiros Game in Society e PlayNove, no Unreal Fest, um festival que reúne profissionais do mundo da Epic Games.
O objetivo desse projeto é conscientizar os jogadores de todo o mundo sobre as culturas ancestrais dos povos indÃgenas e sua luta contra o desmatamento, criando um mapa Fortnite que representa o território indÃgena do Xingu. Nesse mapa, os jogadores do Fortnite poderão escolher seu personagem inspirado em lÃderes emblemáticos como Watatakalu, interagir com representantes dos povos indÃgenas e explorar a floresta amazônica para descobrir sua beleza, mas também sua destruição desenfreada.
Quinta-feira, 5 de outubro: conferência em Harvard e no MIT seguida de um jantar
Watatakalu também foi convidada a Harvard e ao MIT para ministrar duas palestras com seus alunos sobre a questão da proteção dos povos indÃgenas na Amazônia. Abordou, assim, a questão do valor relativo das culturas e dos conhecimentos ocidentais em relação à s tradições ancestrais indÃgenas e as ameaças que uma suposta superioridade da cultura moderna e ocidental colocava para a sua sobrevivência.
À noite, foi organizado um jantar com pesquisadores do MIT e de Harvard no âmbito do Women for the Amazon para discutir o que significa a liderança feminina, os desafios que as mulheres podem enfrentar , independentemente das suas origens, e em que medida a integração das mulheres permite melhorar os processos de decisão, frequentemente maioritariamente masculinos.
Sexta-feira, 6 de outubro: curso no MIT e jantar com a UN Habitat
Watatakalu também teve a honra de ser convidado para liderar um curso no MIT, em colaboração com dois outros indÃgenas norte-americanos, sobre gerenciamento de água e energia em territórios indÃgenas. A palestra proporcionou uma oportunidade de discutir as diferentes perspectivas ocidentais e indÃgenas e, em particular, uma abordagem baseada em um paradigma de reciprocidade que se opõe ao extrativismo ocidental.
Em seguida, Watatakalu conversou com estudantes do MIT de várias comunidades indÃgenas norte-americanas, membros do grupo de nativos americanos do MIT. Eles discutiram o que significa viver longe de sua comunidade nativa e sofrer a perda de sua cultura.
Por fim, Watatakalu se reuniu com representantes do MIT Media Lab e da UN Habitat para discutir, entre outras coisas, a participação de representantes indÃgenas nas COPs sobre o clima e, de modo mais geral, a necessidade de criar procedimentos e metodologias para garantir que as vozes indÃgenas sejam ouvidas nas instituições nacionais e internacionais.
Sábado, 7 de outubro: escala em Nova York
A turnê nos Estados Unidos terminou com uma passagem para Nova York, onde Watatakalu teve a oportunidade de discutir a transmissão cultural material e imaterial nativa como parte de um encontro com negociantes de arte indÃgena. Um último encontro foi realizado com a Amazon Watch, uma ONG que também está comprometida com a preservação e demarcação de terras indÃgenas ancestrais.